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20.11.17

FESTIVAL DE ESCULTURAS ITINERANTES

Exposição Coletiva - Vila Cultural Cora Coralina - Goiânia - GO


(detalhe): "Elementos da Paisagem" -  2015  - foto:Alex Moreira Alves





(detalhe): "Elementos da Paisagem" -  2015  - foto: Paulo Jorge Gonçalves


"Elementos da Paisagem" -  2015    

Material:  mármore, granito, vidro, vidro derretido, pedras, mosaico folheado de ouro 24 K, 
cerâmica e pigmento sobre concreto.
Dimensão: 46 x 101 x 65 cm            


"Acreditamos que seja possível estabelecer no universo da imaginação, 
uma lei dos quatro elementos que definam as diversas visões materiais 
que integrem o fogo, o ar, a água ou a terra".   Gaston Bachelard




 (detalhe): "Elementos da Paisagem" -  2015  - foto: Paulo Jorge Gonçalves

A
                    A escultura "Elementos da Paisagem" sintetiza os quatro elementos; criando uma integração entre o ar, a água, a terra e o fogo através de diferentes materiais e formas sobre uma mesma superfície, explorando suas cores e seus ritmos. Apesar de distintas maneiras de expressar os elementos, todos têm uma unidade entre si; todos estão ligados direta ou indiretamente à natureza e se compõem fazendo uma fusão. Há uma composição, um dialogo de fragmentos com contrastes de materiais, onde a sutileza das linhas, formas e texturas se harmonizam, permitindo a fluidez no tratamento, suavizando a brutalidade natural do material lítico, face ao material vítreo.

 (detalhe): "Elementos da Paisagem" -  2015  - foto:Alex Moreira Alves

                    Os materiais empregados para a execução desta escultura foram diversos, (como pedras,  mármores, vidros derretidos e vários tipos de vidros) de  maneira a descobrir intensamente a expressividade de cada material, criando contrastes evidentes  entre os materiais lítico e vítreo. Tudo isso sobre uma base de concreto. Este corpo cimentício tem um formato ondulado sendo inspirado na natureza, criando fragmentos imaginários a partir de fotografias aéreas das cidades e das paisagens fazendo um dueto entre cortes da camada da terra e de feridas de um corpo sofrido... onde se percebe o contraste da terra, a erosão, os rios e os ritmos e os movimentos do solo. Sugerindo sensações entre o orgânico e o mineral.

                        Moema faz a releitura dos quatro elementos da natureza criando uma pele visceral; fazendo uma assemblage¹ e explorando  também os contrastes entre a opacidade, a translucidez e o brilho das peças, principalmente a irregularidade dos materiais pétreos e vítreos extraído pelo corte no seu processo de fragmentação com a ajuda de uma martelina e uma talhadeira ou de uma torquês (ferramentas para cortar mármores, granitos e vidros).

            A artista retrata muito bem a sua relação com a natureza, unindo diversos materiais para execução de sua escultura, tecendo um fluxo que ora dialogam com as  formas orgânicas e a paisagem imaginária de cada um que a observa.

¹ Assemblagem - palavra de origem francesa que significa unir, formar

 






CONTATO: mbranquinhomosaico@yahoo.com.br
www.mosaico-contemporaneo.blogspot.com

Exposição "Paisagem Sensorial - uma linguagem expressiva" no Centro Cultural Justiça Federal

Exposição: "Paisagem Sensorial - uma linguagem expressiva" - Moema Branquinho


Local: Centro Cultural Justiça Federal Avenida Rio Branco, 241 Centro - Rio de Janeiro.

Visitação: de 10 de novembro de 2017 a 7 de janeiro de 2018, de terça-feira a domingo, de 12h às 19h.

Informações: (21) 3261-2550 / www.ccjf.trf2.jus.br / Entrada grátis.





Na exposição a artista exibe obras bidimensionais e tridimensionais utilizando diferentes materiais como vidro, mármore, granito, metal, madeira entre outros. Sendo apresentado no conceito do mosaico, ou seja, técnica mista. Seus quadros, objetos e esculturas compõem subjetividades em torno do tema da paisagem.


                                                                      Fragmento da Paisagem - 2007       FOTO: Edite Coelho  




Nesta mostra o visitante poderá estabelecer o contato visual com as obras, como também sensorial. Serão expostas obras em dois espaços: Despertando os sentidos da visão e do tato. 

A mostra atende também ao visitante com deficiências visuais.

                                                                                        "Quatro pedras dentro d'água" - 1991 -  Paris - FOTO: Edite Coelho



                                                                  Paisagem sensorial - painéis em baixo relevo - sala escura - FOTO: Edite Coelho





PAISAGENS PARA TOCAR

A milenar arte do mosaico e o tradicional gênero da paisagem são ressignificados no contexto contemporâneo pela artista Moema Branquinho.

O primeiro escrito sobre pintura de paisagem data do século IV na China: “Introdução à pintura de paisagem” de Zong Bing. Partindo da filosofia taoísta, tinha o caráter de materialização de relações espirituais ligadas simbolicamente à natureza. Na Europa medieval, a admiração da “paisagem” era então reprimida como prazer mundano, enquanto há muito já vinha sendo valorizada no Oriente.

O período do Renascimento marca o início da paisagem enquanto gênero pictórico ocidental, com a invenção técnica da representação espacial perspectivada. Inaugura-se assim o primado do ponto de vista relacional entre aquele que vê, o que é visto e o que é dado ao espectador ver. A paisagem é, portanto, uma construção arbitrária, uma invenção de linguagem, já que os seus limites, ordenações de planos de distância e ângulo de visão são escolhidos e calculados por um sujeito em relação ao ambiente que lhe é pré-existente e externo, mas do qual ele é parte. Segundo Anne Cauquelin, “a imagem, construída sobre a ilusão da perspectiva, confunde-se com aquilo de que ela seria a imagem”, estabelecendo uma ordem da equivalência entre um artifício e a natureza.

O trabalho de Moema Branquinho propõe desconstruções dessa tradição ocidental da paisagem, ao trazer o tato como estratégia condutora de sua investigação na arte musiva. Suas paisagens se dão à proximidade do toque no lugar do distanciamento do olhar. O próprio mosaico opera como reversão dessa ordem visual hierarquizada, pois nele os diferentes fragmentos são unidos no conjunto, sem perda de sua identidade unitária (tessela). Característica que é reforçada pela pesquisa de materiais, incorporando vidros, pedras, cerâmica, metais, madeira, entre outros. Em alguns momentos, a matéria trans-borda os limites de janelas e quadrantes que podemos interpretar como quadros e olhos herdados da alma renascentista. Essas rupturas a levam investigar suportes em relevo e esculturas para as superfícies de mosaicos, radicalizando em tridimensionalidade as formas onduladas que caracterizam sua produção.

Assim como os pintores impressionistas, a percepção da paisagem por Moema é de movimento e flutuação da luz, deslocando-se através da janela do trem. A paisagem com sombras fugazes, águas correntes, árvores balançando ao vento, uma paisagem-tempo que carrega a longínqua centelha oriental. O mosaico oferece contrastes de quentes e frios não apenas nas cores, mas também na temperatura física dos materiais, mesmo nas peças acromáticas, com brancos e cinzas.

Efeitos de luz são pesquisados nos materiais transparentes, translúcidos, opacos, brilhantes ou foscos, alterações de luz incidente ou contraluz. A obra se quer dinâmica como o conceito de paisagem proposto, e o mosaico lhe oferece a coerência material.

A artista investiga a “visão” dos cegos, que tateia e percebe por partes, percorrendo as formas, relevos e texturas. Essa lógica está contida não apenas na possibilidade de fruição do mosaico, como no seu processo de criação. Moema propõe ao público experiências de percursos táteis ou a revelação visual por partes, com iluminação móvel de pequenas áreas contíguas através de lanternas. E não seria esse o fundamento operatório da paisagem como linguagem, por recortes da realidade do ambiente, por fragmentação em vistas? Por outro lado, a proposta da fruição da paisagem pelo tato convoca o público à descoberta de suas paisagens interiores, ativando a imaginação e a memória, colocando-se como “obra aberta”.

As paisagens do Rio de Janeiro, cidade da artista, inspiram as linhas e superfícies onduladastão presentes no seu imaginário, bem como afirmam a relação de integração da natureza na paisagem urbana, com sua imponência peculiar. Numa profusão de linhas orgânicas, o trabalho de Moema Branquinho agrega sentidos, visões, toques, materiais, técnicas com carga histórica e inclusão de públicos como as pessoas cegas. A paisagem seria então essa argamassa que une as diferenças, na textura do tecido urbano carioca emoldurado pela água e montanha – elementos básicos da pintura de paisagem chinesa (sanshui), a convocar o corpo ativo, afetivo e imaginativo a ela pertencente, através das possibilidades do mosaico.

                                                                                  Renata Wilner (Docente pesquisadora da UFPE)

                                                                                                                    São Paulo, outubro de 2017





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PROJETO INTERVENÇÃO URBANA - MOSAICO ARTÍSTICO por Moema Branquinho

PROJETO INTERVENÇÃO URBANA com Mosaico Artístico por Moema Branquinho 

 Programa Rio Novo Olhar da Comlurb - 2017 

A artista visual Moema Branquinho, especializada em mosaico artístico pela École Nationale Supérieure des Beaux Arts em Paris, vem realizando inúmeros projetos, sendo tanto obras de pequeno ou grande porte, como também obras escultóricas ou de arquitetura na criação e execução de painéis e pisos para decoração de interior. Além das atividades em torno da Arte Musiva, a artista realiza palestras, exposições apresentando o mosaico como arte expressiva. E oferece consultorias, cursos e workshop para artistas e curiosos que queiram conhecer esta arte do mosaico. Moema atua também como arte educação, desenvolvendo projetos artísticos, programas sociais, ambiental em escolas, empresas, instituições de ensino, ONG... Para a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, foi realizado e inaugurado em fevereiro de 2014 o Banco Panorâmico Gaudí situado as margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, projeto este que a artista desenvolveu com seus alunos do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Santa Úrsula. Atualmente está desenvolvendo um projeto exclusivo para a Praça Compositor Mauro Duarte, em Botafogo. Trata-se, de criar uma nova "roupagem", em mosaico, nos bancos de concreto já existentes neste local. A artista titulou esta INTERVENÇÃO URBANA como Caramanchão Da Aleia Gaudí, um dos espaços bucólicos da praça composto por 8 bancos, inserindo mosaicos sobre a base superior. Moema elabora (tece) um mosaico com as diversas peças mesclando desenhos, formatos, criando um multi-mosaico, ou seja uma nova composição, no qual ela traçou e definiu o tema de cada um dos 8 bancos. A ideia seria justamente fazer uma unidade. Moema convidou então cerca de 25 artistas para contribuir com este belo projeto, com o intuito de se compor um mosaico coletivo, sob a sua coordenação artística e conceitual.


Moema propôs aos participantes que criassem peças em pequeno e médio formato a partir de iconografia do Parque Güell, em Barcelona. São imagens estampadas nos bancos sinuosos e nas rosáceas das luas e sois encontrados no teto do mercado do parque. Este, trata-se de importante e impactante obra dos catalães Antoni Gaudí e Josep Maria Jujol, cujos trabalhos serviram de referência para a composição do Projeto.



Visando a integração tanto de mosaicistas experientes como de iniciantes, diversos artistas, brasileiros e estrangeiros, foram convidados a participar. Dessa forma, Moema Branquinho pretende contemplar e agregar uma gama variada de artistas mosaicistas, criando um verdadeiro "mosaico humano" em que todos os envolvidos possam expor sua arte. Com este Projeto de Intervenção Artística e com a contribuição de tantos talentos ganham um presente os usuários da Praça Compositor Mauro Duarte! Mas, principalmente, ganha a Cidade do Rio de Janeiro, que com sua beleza natural, é um estímulo e convite às artes!



Relação completa de artistas participantes que gentilmente contribuíram com o projeto:

 Acenizia Santana (BA), Ana Luzia Cunha (RJ), Andrea Barbieri (RJ), Angela Mello (RJ), 
Bia França (RJ), Charlotte Young (RJ), Claudia Pinto (RJ), Denise Sandes (SP), 
Fátima Bevilacqua (RJ), Flávia Azevedo (RJ), Flor del Ceibo (Corrientes,Argentina),
Gustavo Rafael (Buenos Aires, Argentina),Hermes Ferreira (RJ), Letícia Melara (PR), 
Luciana Fonseca (RJ),Luciana Teles (RJ),Magues Souza (RJ), Maria Artemis (RJ), 
Mariana Devoto (Buenos Aires, Argentina), Moema Branquinho (RJ), 
Monike Silva (RJ), Nilo Oliveira (RJ), Olivia Alvarez (RJ), Quele Pícoli (RJ), 
Rosangela Kusma Gasparin (PR) e Vania Carvalho (RJ). 

 E também a atuação de alguns alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Santa Úrsula.









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